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Notícia

Prefeitura Municipal de Rolândia


COM A NÃO SUSPENSÃO DE REPASSE DE RECURSOS A PREVIDÊNCIA DEVIDO A PANDEMIA, POPULAÇÃO SENTIRÁ REDUÇÃO DRÁSTICA NA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS A PARTIR DESTE MÊS


COM A NÃO SUSPENSÃO DE REPASSE DE RECURSOS A PREVIDÊNCIA DEVIDO A PANDEMIA, POPULAÇÃO SENTIRÁ REDUÇÃO DRÁSTICA NA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS A PARTIR DESTE MÊS

Em virtude da Câmara Municipal não ter liberado a suspensão, até o fim do ano, dos repasses de contribuição previdenciária patronal da Prefeitura para a Previdência Municipal, como está autorizado por lei federal para todos os municípios do país, para ajudar as cidades a enfrentar a pandemia do coronavírus, que ainda não tem prazo para acabar, a população passará a sentir os efeitos práticos dessa medida.

Conforme o Secretário de Serviços Públicos, Marcos Santucci, que, assumiu interinamente a Secretaria de Infraestrutura, o impacto sobre os serviços públicos será imenso, devido a queda de arrecadação provocada pela pandemia do Covid-19 e, a não autorização, pela Câmara de Vereadores, da medida paliativa que equilibraria as contas provisoriamente.

Segundo Santucci, muitos serviços serão suspensos, impactando significativamente na vida das pessoas de Rolândia, como roçagem, limpeza de bueiros, corte e poda de árvores, manutenção de estradas rurais, manutenção de pavimentação asfáltica e pintura viária.


 

1 - ROÇAGEM:

Marcos Santucci detalha que, "considerando a diminuição dos postos terceirizados de trabalho, tivemos o corte de quatro operadores de roçadeiras costais, dois tratoristas e um operador de giro zero. Teremos uma redução mensal de aproximadamente 400 mil metros quadrados de área roçada, somando-se a isso a redução de área da empresa Sanetran de 200 mil para 80 mil metros quadrados, chegaremos a um total de 520 mil metros quadrados não roçados durante um mês. O município possui hoje 1.500.00 (um milhão e quinhentos mil) metros quadrados de área para roçagem e, em época de chuva e calor, com o crescimento rápido, as áreas centrais, escolas e postos de saúde tem que ser roçadas mensalmente. Chegaremos em dezembro com mato alto em praticamente todos as áreas públicas e, caso o trabalho volte a normalidade, levará ao menos seis meses para regularizar".


 

2 - LIMPEZA DE BUEIROS:

O Secretário conta que "pela primeira vez nessa gestão havíamos conseguido montar uma equipe própria para limpar os bueiros da cidade. Com o corte de pessoal perdemos essa equipe exclusiva. Considerando a retirada do lixo de dentro do bueiro, limpeza da rede com caminhão hidrojato, reposição de tampas quebradas e descarte do resíduo essa equipe conseguia limpar de seis a oito bueiros ao dia. Considerando-se uma média e os dias efetivos de trabalho temos um total aproximado de 150 bueiros que deixarão de ser limpos ao mês". Até dezembro, quase mil bueiros deixarão de ser limpos.


 

3 - CORTE E PODA DE ÁRVORES:

O serviço de corte e poda de árvores era realizado pela empresa Sanetran e, por conta do corte de despesas, foi suspenso até que se tenha caixa para retornar. A empresa realizava em média a poda e conseqüente remoção dos galhos de 8 a 10 árvores dia, o que em um mês trabalhado representa que aproximadamente 180 árvores deixarão de receber esse serviço. Mesmo com o serviço ativo, a demanda já era maior que a capacidade de trabalho e esse hiato deverá gerar um acúmulo difícil de ser normalizado. Até o fim do ano, cerca de mil árvores ficarão sem o serviço.

 

4 - ESTRADAS RURAIS:

Com o corte de pessoal terceirizado e redução de despesas necessárias, como gasto com combustível e principalmente manutenção dos equipamentos, a manutenção das estradas rurais vai ser paralisada, ficando uma equipe de plantão apenas para socorrer algum caso específico. Considerando um serviço completo de limpeza de caixas, nivelamento, colocação de pedras e aplicação do rolo compactador a secretaria tinha uma capacidade diária de aproximadamente 2.000 metros diários, capacidade esta que foi atingida recentemente, graças ao esforço da atual administração em aquisição e manutenção dos equipamentos necessários. Conforme o Secretário, "deixaremos de manter aproximadamente 50.000 metros por mês de estradas o que vai fazer muita falta principalmente no período de chuva e de escoamento de safra. Lembrando também que, quando retornarem as aulas, é de suma importância termos estradas em condições de efetuarmos um transporte escolar de qualidade". Até o fim do ano, serão 250 mil metros de estradas sem a devida atenção.


 

5 - LIMPEZA DE ÁREAS INSTITUCIONAIS:

De acordo com o Secretário Marcos Santucci, "apesar de contarmos com uma eficiente coleta de lixo domiciliar e reciclados em nosso município, infelizmente, temos muitos pontos como áreas institucionais e fundos de vale onde os munícipes descartam lixo ou entulho ilegalmente. Esse é um trabalho recorrente e que requer pá carregadeira, bobcat e caminhões para ser efetuado. Semanalmente eram retirados mais de 30 caminhões desses resíduos em diversos pontos do município o que será consideravelmente afetado, com uma diminuição de 75% dos serviços".


 

6 - MANUTENÇÃO E RECAPE ASFALTICO:

Dentro do serviço que envolve pavimentação asfáltica o município vinha trabalhando nos seguintes pontos:

6.1 - Tapa Buracos: serviço realizado diariamente com o uso de Concreto Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ), massa fria preparada com RL1C e asfalto ensacado. Marcos Santucci detalha o caso. "Nos últimos meses o consumo mensal era de aproximadamente 1500 sacos de asfalto ensacado, 10 toneladas de RL1C, e 30 toneladas de CBUQ o que, somando-se os materiais como pó de pedra e pedriscos para a mistura, nos garantia um investimento de aproximadamente R$150.000,00 mensais. Este trabalho de tapa buracos requer muita mão de obra, pois, demanda a limpeza prévia da rua com remoção dos resíduos, pintura de ligação com emulsão RL1C e compactação do material aplicado, assim como muitos equipamentos como caminhão, pá mecânica, trator, rolo compactador, entre outros, sendo que, com o corte dos servidores terceirizados ficamos sem mão-de-obra para a maioria desses equipamentos. Cremos que de 30 a 40 quarteirões poderiam receber esse serviço mensalmente o que não vai acontecer, ou seja, de 150 a 200 quarteirões de agosto a dezembro".

6.2 - Lama asfáltica: o trabalho consiste em uma aplicação de uma capa de asfalto após o tapa buracos, porém de forma mais manual, e geralmente aplicada em ruas de menor tráfego e ultimamente estava sendo realizado na ciclovia. Usa-se a emulsão RL1C, que misturada com água e agregado de pó de pedra e areia por um equipamento próprio, e derramado sobre a superfície, sendo esparramada manualmente pelos servidores com rodos específicos. No último mês foi efetuada a lama asfáltica em aproximadamente 1.200 metros lineares da ciclovia, do trecho compreendido entre a JBS e a Igreja da Ressurreição, com um investimento, sem contar a mão de obra, de aproximadamente R$35.000,00 (sem contar com o tapa buracos feito anteriormente). O projeto era fazer toda a ciclovia, porém, seria necessário apenas para a lama um investimento de aproximadamente R$200.000,00, mas, o mesmo deverá ser interrompido com esta redução de despesas.

6.3 - Micropavimento: diferente da lama asfáltica, embora com o mesmo objetivo, o micropavimento também consiste em aplicação de uma camada de asfalto de aproximadamente 2 cm após o tapa buracos, porém, realizado com um caminhão específico que também foi adquirido durante essa administração. Esse trabalho visa aumentar a vida útil do pavimento em ate 5 anos e minimizar o aparecimento de novos buracos. A emulsão usada nesse caso é a RC1C, que o caminhão mistura com o agregado de pó de pedra, água e cal. O ideal para o município seria ter esse caminhão trabalhando diariamente, porém, mesmo antes da redução de custos, isso era economicamente impraticável. A programação até dezembro era de se trabalhar com esse equipamento ao menos dois dias da semana, o que seria suficiente para recape, dependendo da largura da rua, em três quarteirões, o que nos daria ate dezembro ao menos 60 quarteirões restaurados com a micropavimentação a um custo estimado de R$350.000,00.


 

6.4 - Pintura Viária: a pintura viária também é um serviço que requer manutenção constante devido ao desgaste natural que sofre. Além dessa manutenção quando se realiza lama asfáltica ou micropavimentação temos a necessidade, por questão de segurança, de refazermos todas as pinturas. O município recebe um pequeno repasse proveniente de multas que é utilizado geralmente nessas pinturas, porém, o mesmo não é suficiente, sendo necessária a utilização de recursos livres do orçamento. Com essa redução de despesas todo serviço de pintura viária deverá ser paralisado.

 


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  • Por: PMR

Última modificação em 04/08/2020