Prefeitura Municipal de Rolândia
Cada aluno vencedor recebeu um troféu, desenhado exclusivamente para este concurso. O troféu é uma alusão à gralha azul, importante ícone do folclore paranaense. Os outros prêmios foram livros concedidos pelo Lions Clube de Rolândia e pela Banca do Roberto.
A comissão julgadora foi formada por três importantes nomes de Rolândia, ligados à educação e à cultura: Claudia Portelinha, Neuza Estilac Leal e Maria Lucia Salvador, que voluntariamente foram parceiras dessa nova idéia.
Confira abaixo o nome dos vencedores:
Na categoria Lendas Tradicionais: Terceiro Lugar, Murilo Henrique Silva Rodrigues (Colégio Villanueva), com o texto “A Lenda das Cataratas”. Segundo Lugar, Ana Carolina Bizetto (Escola Roland), com o texto “A Lenda do Véu da Noiva”. Primeiro Lugar, Elisa Conte Siviero (Escola Roland), com texto “A Loira Fantasma”.
Na categoria Lendas Inventadas: Terceiro Lugar, Amanda Beatriz Pereira (Colégio Villanueva), com o texto “Lenda do Lago San Fernando”. Segundo Lugar, Jenifer Rocha Zanotto (Colégio Villanueva), com o texto “A noiva do lago San Fernando”. Primeiro Lugar, Milena Maria de Alvarenga (Colégio Villanueva), com o texto “Morro do Farol”.
Confira as duas lendas campeãs
A loira fantasma
Elisa Conte Siviero
Certo dia, Ana Júlia acordou bem cedo e saiu de casa. O dia estava lindo e, como de costume, ela estava levando muitos doces gostosos para sua querida e muito inteligente avó, Dona Benedita, que adorava contar vários contos e lendas. Mas, a garota não sabia que muitas dessas lendas eram verdadeiras...
Dona Benedita morou em muitos lugares, entre eles a belíssima capital de nosso Estado. Ao chegar em sua casa, Ana Júlia entregou-lhe os doces e pediu para que ela contasse mais uma de suas histórias, pois precisava de uma lenda do Paraná para um trabalho da escola. A avó animada, perguntou à menina se ela gostava de poesias. Os olhos de Ana Júlia brilharam de ansiedade no mesmo instante em que dizia ‘sim’ com a cabeça.
Então, acomodaram-se entre almofadas no chão, e Dona Benedita começou assim:
Já era meia noite quando uma loira com um lindo rosto pegou um táxi. Ingênua, não percebeu que o taxista era um psicopata que após violentá-la a matou jogando seu corpo perto de um cemitério.
O tempo passou e, certa noite, uma bela mulher de cabelos loiros e com uma capa preta, parou esse mesmo taxista e pediu-lhe que a levasse até o cemitério municipal. Ao chegar lá, a moça desceu do carro e disse:
- Pode me deixar aqui! Minha morada é um túmulo descente... Mas você gostaria que fosse diferente!
Depois de assustar o taxista com essa frase, a mulher exibiu o rosto e então o homem a reconheceu. No mesmo instante, teve um ataque cardíaco e morreu.
Conta-se que após essa noite, a moça continuou a aterrorizar muitos taxistas na época dos anos 70.
Ana Júlia ficou meio assustada com a história e perguntou a avó se isso havia acontecido mesmo. Dona Benedita respondeu:
- Meu pai era taxista e me contava muitas histórias, mas pelo que eu me lembro, ele nunca contou essa, pois morria de medo que fosse verdade...
Morro do Farol
Milena Maria de Alvarenga
No litoral do Paraná, há uma ilha conhecida como Ilha do Mel, um lugar de muitas histórias. Uma delas é o Morro do Farol de onde dá para ver a imensidão do mar azul, marcado por embarcações que lembram pequenos pontos perdidos no oceano.
Um belo dia, duas jovens lindas foram visitar a Ilha do Mel. Elas eram muitos formosas e eram cantoras. Durante a travessia de Paranaguá até a ilha, elas cantavam e sua voz era tão linda que encantavam a todos que escutavam.
Nesta ilha, elas se apaixonara por dois rapazes gêmeos, filhos de pescadores, e decidiram nunca mais ir embora de lá. Ninguém sabia que elas eram, na verdade, filhas do Deus do vento.
O amor entre os jovens era tão forte que decidiram se casar. No dia do casamento houve uma grande tempestade que inundou tudo e não teve casamento porque os quatro sumiram como uma mágica. No dia seguinte, apareceu um morro onde se podia ouvir um canto muito parecido com o canto das meninas.
Dizem que os rapazes foram transformados no morro onde foi construído um farol, e as meninas no canto que se espalha com o vento.
Ainda hoje, quem visita o Farol no alto do morro diz que o barulho do vento lembra a melodia da canção que as meninas entoavam.
Última modificação em 04/09/2013
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