Prefeitura Municipal de Rolândia
Segundo eles, Rolândia encerrou 2014 com 1.192 casos notificados e 277 confirmações. Neste ano, 21 casos já foram notificados – apenas um confirmado. Este caso isolado é proveniente do Jardim Santiago. No ano passado, a cidade viveu um surto de dengue na área central. O primeiro Lira (Levantamento Rápido do Índice de Infestação do mosquito Aedes aegypti) deste ano foi de 2,1% – o que significa que, de cada cem imóveis, 2,1 apresentaram focos da doença. O índice tolerado pela Organização Mundial de Saúde é de 1%.
Esses números atestam a necessidade de um trabalho intenso de prevenção para evitar novo surto de dengue em Rolândia. Segunda a secretária interina de Saúde, as próximas cinco semanas serão decisivas para que a cidade consiga controlar a doença de maneira satisfatória. A proposta – imediatamente acatada pelo prefeito – é a de resgatar a formação de um comitê intersetorial para reforçar o combate à dengue. O objetivo é que outras secretarias municipais – as de Infraestrutura, Meio Ambiente, Serviços Públicos e Educação, principalmente – trabalhem em conjunto.
Cada secretaria indicará um representante para participar das reuniões que vão definir ações conjuntas, como mutirões de limpeza, corpo a corpo com a população e sensibilização dos alunos em sala de aula. No sábado dia 7, agentes de endemias, com auxílio da Polícia Militar, promoveram o “Dia D” no Calçadão, com a distribuição de panfletos e conversas com a população. A Saúde pretende promover cursos de capacitação para profissionais como médicos e enfermeiros.
Segundo o vereador Waldemar Moraes, a Câmara Municipal pretende realizar audiência pública para reforçar as ações preventivas. “É preciso envolver toda a sociedade”, disse o prefeito Johnny Lehmann. “A dengue já provou que não respeita limites geográficos nem classes sociais. Todos estão em risco se não forem combatidos com eficiência os focos do mosquito transmissor.”
Além da dengue, que todos os anos gera grande preocupação nos profissionais de saúde em praticamente todos os municípios brasileiros, neste ano Rolândia tem um motivo a mais para se prevenir, lembrou Marcelo Marques Ferreira, da Vigilância Epidemiológica. Trata-se da febre chicungunha, transmitida pelo mesmo mosquito, mas que provoca nos pacientes sequelas maiores do que as da dengue. “Londrina já tem um caso registrado, de uma pessoa que esteve na Colômbia”, afirmou Ferreira. “Nosso desafio é não deixar que a chicungunha se instale aqui.”
Última modificação em 09/02/2015
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